sexta-feira, 13 de março de 2009

Quatro saídas, vários destinos: Lapa, Barra, Comércio, Pituba, Ondina. Pessoas se misturam, se estressam, se encontram...se despedem.

Menino, mulher; homem mendigos cachorros. Cachorros?
Imperialismo: hot dog, x-burguer; tradicional acarajé.Tradicional?

Fila, fila, filas... em linha reta, triangular, em espiral, a escolha é vasta.

Ônibus chegando, gente correndo. Empurra-empurra, palavrão...
_Um conhecido! Me dei bem!
Barra três, às seis, já arrastando: _Vou pegar esse!_ Gritou um desesperado.
Observadores solidários o incentivam: _Corre! Corre! Para! Para! Para!_ parou.
Porta do meio se abre: _Não dá mais!_ grita um apressado.
_ Mas eu só quero botar um pé! Botei! A alguns metros, após sair da estação, o motorista para o ônibus, abre-se a porta da frente. Aquele, que está literalmente pendurado na entrada do meio vem pra a frente e entra. Pronto, foi.

Em Campinas, semáforo (em baianês: sinaleira). Desce a BR, pega o acesso Norte, Bonocô, Vasco, Garibaldi: Dorme-se. Acorda-se. Dorme-se e nada... nada de chegar ao destino...
O ônibus quebra, as pessoas descem. Esperam, esperam e esperam... chega-se outro. Mais aperto:
_Licença! Licença! Vai descer?! ! Se não vai sai! Chega-se ao ponto final da longa viagem de vinda... agora? Ah! Agora é só se programar para a volta...

2 comentários :

  1. Nunca estive na estação Pirajá! Parabéns... vc conseguiu que eu sentisse a sensação desagradável da mistura de diversos odores, o ruído, o “calor” , o CO2, o desconforto que sinto no subsolo da estação da Lapa nos horários de pico! É humilhante!

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  2. Que bom! De fato fico feliz por ter conseguido fazer isso.Obrigado.

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