quinta-feira, 27 de maio de 2010

Numa noite
ou dia
Numa praça, rua,
ou casa

Olhos vidrados
testas crispadas
As mãos seguram o queixo,
joelho e face

Ali, um artista famoso
ou pessoa comum
se exprime
se revela
se exibe

Seu corpo gira,
se ergue,
se curva

Seus dedos e mãos se mexem,
miram o céu,
o chão, a você...
a mim

Suas pernas pulam
Seus pés pisam forte
como suas palavras

Ali, ele é único.
Ele é ele.
Ele é outros.
E se transforma em menino
mulher
animal

Ali, se é novo, é velho.
Se velho, novo.
Se um ou outros,
poeta.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

É muito fácil!!!

Muito  fácil falar de ressentimento com a barriga cheia.

É muito, mas muito fácil falar de fragmentação da identidade 

quando não se tem a necessidade de se afirmar, pois se está do outro lado.

É muito fácil ser cético 

quando não se sente no corpo as vibrações de outro corpo.

É muito fácil ser homofóbico

quando não se entende os porquês do outro.

É muito...muito difícil nos afirmarmos enquanto racistas, machistas e tantos outros "-istas" existentes.