terça-feira, 25 de janeiro de 2011


Hoje estive pensando...

Estive pensando como as coisas são engraçadas

(Leia-se: “interessantes”)
Me disseram para não adjetivar,
quando estivesse escrevendo algo,
pois “carrega demais o texto”

Fiquei a pensar: como não adjetivar?
Como não adjetivar o cabelo crespo,
encaracolado, trançado e black power da menina preta?
Como não enaltecer os lábios grossos do rapaz retinto?

Como esquecer quem são aqueles,
que estão na sarjeta,
sem tetas governamentais ou privadas
Que dormem nas marquises, viadutos e escadas?

Como não adjetivar o samba caliente,
o jeito quente, ardente e
guerreiro da negra gente?

O candomblé baiano,
o jeito africano,
o falar cantado e
estereotipado?

A religião e a poesia negras?
Os bairros pobres?
As escolas sujas?
A cidade imunda?

A universidade racista,
machista, excludente?
Como não?!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Por Uilians Souza

Até quando vamos contabilizar os casos de intolerância religiosa com relação ao candomblé neste país?  No ano de 2008, em Salvador, a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM) destruiu parcialmente o terreiro Oyá Onipo Neto, localizado na Avenida Jorge Amado, no bairro do Imbuí; em 2010, em Ilhéus, a ialorixá Bernadete de Souza, incorporada do orixá Oxossi, foi algemada por um pelotão da Polícia Militar da Bahia e após ter ficado sobre um formigueiro, teve seu corpo arrastado por vários metros; por fim, no dia 31 de dezembro de 2010, no município de Camaçari, o terreiro Ilê Axé Iji Omin Toloyá foi invadido por um evangélico, o qual destruiu vários elementos sagrados daquele ilê e também o carro do babalorixá da casa.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011



Eu que amo, que adoro, que te acari(cio)
Que estou e que vivo a seu lado
Que perdoou, que “machuco”
Que encanto e sou en(cantado)

Eu que grito, que anuncio aos quatro ventos...
Que ouço Vander Lee dizer “românticos são poucos”
Eu, eu que não sei o que escrever, o que dizer, o que fazer
quando estou ao seu lado

Que mudei, achei, pensei
Pensei em tudo ou quase tudo.
Que lembro, que “viajo”, que me laço e me entrelaço
em suas pernas e braços

Que me perco entre palavras,
que digo tudo e nada
Que acreditei, que quis e fiz
venho aqui dizer-te, após este preâmbulo,
a frase que você me ensinou a pronunciar:
te amo! Te amo mesmo muito, meu Amor!