domingo, 6 de maio de 2012


Ao fazer poema,
não tenho pena



Escrevo a lápis,
graffiti de parede-murro
nos dentes


Sendo sincero,
sou severo
quase ríspido,
quando penso.

E me vem à mente a frase-provérbio:
“o que não mata, engorda.”
Lembro de Nietzsche,
na minha versão soteropolitana.

E penso:
Em Salvador, o racismo, quando não mata,
aleija,
enlouquece.