domingo, 20 de novembro de 2016

O mau com vocês é não entenderem o X da questão Estive aqui, você fez Biko Ainda assim, sou generoso O machado de Assis foi divisor de águas, de tempos As Flores de Maísa nasceram em seus Parks viraram Rosas Timbó é planta venenosa Pra nós, antídoto E eu Zumbi no seu ouvido! Mártir virou rei, o King A lima de Limeira é doce Azeda só se o quiseres E eu Zumbi no seu ouvido! E Ali, você aprendeu o que era murro Benquela também é toque de berimbau pra te derrubar Já...

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

De colar em ti vontade   De colar estava o seu pescoço num misto de prata, azul-turquesa e vinho sementes   De colar, você rainha   Colar no seu colo eu quero   Colar com você Meu desejo último neste instante E você me instiga sutil Me castiga de colar e só Nua   Teu colo egoísta te despiu E ficaste com um colorido apenas em teu colo num contraste...

domingo, 11 de outubro de 2015

Viver em Salvador nos dias de hoje é perceber que esta cidade passa por vários problemas, principalmente, no que tange à segurança pública, essa que acaba por mexer em nossas vidas em todos os sentidos. No entanto, é importante perceber também que, para além dessa violência que aflige nossas comunidades periféricas (eu sei, não só elas), existem frentes outras que estão fazendo o diferente,...

segunda-feira, 27 de abril de 2015

O cenário é de guerra, já que houve desabamentos...aqui; ali. Mortes. Carros ilhados, hospitais e escolas alagados, infelizmente. Não é a primeira vez que isso acontece em Salvador. Mas, como é possível perceber, não é de interesse dos nossos representantes legais cuidar das áreas mais afetadas de nossa cidade, áreas essas que compreendem os chamados bairros populares como Calabetão, que vem sofrendo...

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Lágrimas nos olhos por mais um Lágrimas Me conter não pude E também não pude mais contar Quantas as mortes? Quantas as vidas ceifadas? Não queria ouvir E me negava Os ouvidos se fechavam seletivos Os olhos cerravam para mais uma notícia e só quiçá um número de um tal Eduardo Dudu, por ser criança Foi lá no Rio Mas já fora aqui na Bahia No bairro do nordeste A história se repete num complexo outrora de alemão que tornou-se de baiano neste instante. Normal 0 ...

terça-feira, 3 de março de 2015

Desolador  foi o choro Foi a gota de água límpida escorrendo pelo rosto da criança que ouvira o estampido de uma bala   Ouviam-se soluços de medo Tristeza travestida de inocência Impotência foi o que senti De ter [que suportar aquela dor de outrem   E sempre ela a bala-pivô transformando-se em números   Inúmeros casos   Um assalto no Castelo No Cosme nem Damião   Mais um na Dois E mais treze  no Cabula...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Porque é vida o Orixá em mim, nego Porque é vivo o Orixá eu me nego ... Porque é vivo o Orixá eu sou vivo eu só vivo eu digo viv...

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pela janela um espelho Telha, muita tábua E tanta madeir’ (ichi!) é que vejo É o que me ver Muito mato. Mato-me de só olhar uma criança menina de rosa cor A fragilidade em meio a escassez não chega e cega Cerca de arame ou bambu chinês num Brasil brasileiro Varal de estacas e panos estendidos Assim como meu espanto Um céu azul de nuvens poucas em contraste com chão...

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Eis que me vem à mente a imagem da capoeira sendo perseguida, como capoeiragem, ou ainda, como vadiagem. Capoeira como crime. Criminosa. Por isso mesmo, condenável pelas autoridades do século XIX. Todavia, com o passar do tempo, já no século XX, a capoeira teve enfim a chance de ser reconhecida como arte genuinamente brasileira pelo então presidente Getúlio Vargas. Podendo, assim, atravessar...

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Maria descia batendo palmas Esbravejava Maria Olhares em Maria Fitaram Maria Ela ia andando Parou à porta Maria Gritou. Cobrou. As palmas eram secas Pedras ao longe Risco na porta E parede E janelas quebradas Maria sujou a tinta por um instante e por dois Enquanto brotam cédulas pela fenda rasteira da porta Essa Maria... ...

domingo, 5 de outubro de 2014

Moscou pretérito perfeito Moscou de moscar é gíria Verbo criado Falado Larguei o verbo, Moscou  Mais que um verbo Advérbio de lugar Um só lugar em três É um É dois É três Parece jogo de criança Esconde-esconde Mostra-se vivência de adulto E era barro e era gato inanimado era Gambiarra, um resumo Uma síntese se quer daquela depressão Rodeada...