O mau com vocês é
não entenderem o X da questão
Estive aqui,
você fez Biko
Ainda assim,
sou generoso
O machado de Assis foi divisor de águas,
de tempos
As Flores de Maísa nasceram em seus Parks
viraram Rosas
Timbó é planta
venenosa
Pra nós, antídoto
E eu Zumbi no seu ouvido!
Mártir virou rei,
o King
A lima de Limeira é doce
Azeda só se o quiseres
E eu Zumbi no seu ouvido!
E Ali, você aprendeu o que era murro
Benquela também é toque de berimbau
pra te derrubar
Já...
domingo, 20 de novembro de 2016
terça-feira, 1 de dezembro de 2015



De colar em ti
vontade
De colar estava o seu pescoço
num misto de prata,
azul-turquesa e
vinho sementes
De colar, você rainha
Colar no seu colo
eu quero
Colar com você
Meu desejo último neste instante
E você me instiga sutil
Me castiga de colar e só
Nua
Teu colo egoísta te despiu
E ficaste com um colorido
apenas
em teu colo
num contraste...
domingo, 11 de outubro de 2015



Viver em Salvador nos
dias de hoje é perceber que esta cidade passa por vários problemas,
principalmente, no que tange à segurança pública, essa que acaba por mexer em
nossas vidas em todos os sentidos.
No entanto, é importante
perceber também que, para além dessa violência que aflige nossas comunidades
periféricas (eu sei, não só elas), existem frentes outras que estão fazendo o
diferente,...
segunda-feira, 27 de abril de 2015



O
cenário é de guerra, já que houve desabamentos...aqui; ali. Mortes. Carros ilhados,
hospitais e escolas alagados, infelizmente. Não é a primeira vez que isso
acontece em Salvador. Mas, como é possível perceber, não é de interesse dos
nossos representantes legais cuidar das áreas mais afetadas de nossa cidade,
áreas essas que compreendem os chamados bairros populares como Calabetão, que vem
sofrendo...
sexta-feira, 3 de abril de 2015


Lágrimas
nos olhos por mais um
Lágrimas
Me
conter não pude
E
também não pude mais contar
Quantas
as mortes?
Quantas
as vidas ceifadas?
Não
queria ouvir
E
me negava
Os
ouvidos se fechavam seletivos
Os
olhos cerravam para mais uma
notícia
e só
quiçá um número
de
um tal Eduardo
Dudu,
por ser criança
Foi
lá no Rio
Mas
já fora aqui na Bahia
No
bairro do nordeste
A
história se repete
num
complexo outrora de alemão
que
tornou-se de baiano
neste
instante.
Normal
0
...
terça-feira, 3 de março de 2015


Desolador
foi o choro
Foi a
gota de água límpida
escorrendo
pelo rosto da criança
que ouvira
o estampido de uma bala
Ouviam-se
soluços de medo
Tristeza
travestida de inocência
Impotência
foi o que senti
De ter
[que
suportar aquela dor de outrem
E sempre
ela
a bala-pivô
transformando-se em números
Inúmeros
casos
Um
assalto
no Castelo
No
Cosme nem Damião
Mais
um na Dois
E mais
treze no Cabula...
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
quinta-feira, 30 de outubro de 2014



Pela janela um espelho
Telha, muita tábua
E tanta madeir’ (ichi!)
é que vejo
É o que me ver
Muito mato.
Mato-me de só olhar uma criança
menina de rosa cor
A fragilidade em meio a escassez
não chega e cega
Cerca de arame
ou bambu chinês
num Brasil brasileiro
Varal de estacas
e panos estendidos
Assim como meu espanto
Um céu azul de nuvens poucas em contraste
com chão...
quarta-feira, 8 de outubro de 2014



Eis
que me vem à mente a imagem da capoeira sendo perseguida, como capoeiragem, ou
ainda, como vadiagem. Capoeira como crime. Criminosa. Por isso mesmo,
condenável pelas autoridades do século XIX.
Todavia,
com o passar do tempo, já no século XX, a capoeira teve enfim a chance de ser
reconhecida como arte genuinamente brasileira pelo então presidente Getúlio
Vargas. Podendo, assim, atravessar...
terça-feira, 7 de outubro de 2014


Maria descia
batendo palmas
Esbravejava Maria
Olhares em Maria
Fitaram Maria
Ela ia
andando
Parou à porta Maria
Gritou.
Cobrou.
As palmas eram secas
Pedras ao longe
Risco na porta
E parede
E janelas quebradas
Maria sujou a tinta
por um instante
e por dois
Enquanto brotam cédulas
pela fenda rasteira
da porta
Essa Maria...
...
domingo, 5 de outubro de 2014



Moscou
pretérito perfeito
Moscou de moscar
é gíria
Verbo criado
Falado
Larguei o verbo, Moscou
Mais que um verbo
Advérbio de lugar
Um só lugar em três
É um
É dois
É três
Parece jogo de
criança
Esconde-esconde
Mostra-se vivência
de adulto
E era barro
e era gato
inanimado era
Gambiarra, um
resumo
Uma síntese se quer
daquela depressão
Rodeada...
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